Young and free


No fim do ano bate um desespero.
Tô sozinha.
Tô sozinha, e na verdade sempre estive,
mas sou livre, não?
Eu quero ser, não vou me prender.
Muita gente foi embora
e ainda vai.
Muita gente entrou 
mas tampouco importou, pois
aqueles beijos não significam nada
aqueles abraços já são frios, 
aqueles carinhos são vazios.
As conversas são tolas,
e nem nos damos as mãos.
Não tem aventura, não tem tesão.
Essa gente não é quem queria
aqui do meu lado,
não é quem me faz sentir
o frio na barriga.
Às vezes não importaria 
de perder a liberdade
por uma pessoinha.
Mas ser livre é melhor
e ser jovem é um momento
que não volta como garoinha.



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