The Perks of Being Ana



   Depois que eu vi o filme The Perks Of Being a Wallflower, pareceu que um pouquinho de mim ficou na sala do cinema e um pouquinho do filme ficou em mim. Um pouquinho não, bastante. Me extasiou, me emocionou ver como eu tenho  tantas coisas em comum com as personagens. Principalmente com o Charlie.
   E quando saí da sala de cinema, me senti um pouquinho vazia por dentro. É um vazio do tipo "minha vida só tem sentido quando estou vendo esse filme e agora que ele terminou não tem nenhum."  É o mesmo vazio depois que termino de ler um livro. Mas quando saí da sala de cinema também me senti completa. Vazia e completa ao mesmo tempo. E eu não sei muito o que isso significa.
   Então, depois do filme, foquei em só um objetivo: ler o livro. Então, teve amigo secreto do livro na minha sala, e pedi uns 6 livros, incluindo esse, e no final ganhei esse.
Quando terminei de ler o livro senti uma sensação diferente. Eu realmente não sei descrever o que senti.
   Não foi vazio. Não foi preenchimento.
   Ou talvez tenha sido uma mistura dos dois. Mas foi diferente de quando terminei de ver o filme.
   E estou fazendo um post sobre isso, porque esse é o segundo filme/livro que me definem muito e que mudaram minha vida o pouquinho. O primeiro foi Fight Club. E por trás de todas aquelas lutas, o filme tem uma mensagem muito forte e que se você entender você vai se sentir diferente. E depois de ver o filme precisei ler o livro, e senti a mesma sensação quando terminei de ler Perks. Parece loucura porque são só filmes, ou só livros. Mas pra mim é muito mais do que isso.
   E eu preciso começar falando de Perks, dizendo que o Charlie é uma versão masculina de mim. Sem dúvida. Se eu fosse homem seria que nem ele. risos
   Ele sofreu muito, ele sofre muito, ele é um wallflower, e que nem o Patrick define: ele vê coisas, ele não fala nada sobre elas, e ele entende." E o Charlie é muito sensível, e o que ele só quer é amigos. Ele só quer saber qual é o problema dele. Ele só quer se consertar. Pessoas que o ajudem a isso. Mas ele nunca procura por ajuda. Ele guarda tudo pra si até quando ele explode e começa a chorar. O Charlie chora muito no livro. 
   Ele gosta de ler. Ele rele todos os seus livros. Ele ouve Asleep e entende. Ele pensa nas músicas e quantas pessoas gostam delas, e quantas pessoas passaram por momentos ruins por causa delas, e quantas pessoas tiveram bons momentos por causa delas, e nos artistas que as escreveram como deveriam se orgulhar delas, e deseja que sejam felizes e estejam realizados. Pois essas músicas o fazem feliz. E ele não é o único a se sentir assim.
   Ele é feliz e triste ao mesmo tempo.
   Ele só quer participar. E no final consegue saber de fato o que isso significa.
   E no final ele fica bem, e mesmo que as coisas piorem, sabe que logo ficará tudo bem novamente.

   E parece que eu acabei de me descrever.

   Eu só queria entrar dentro do livro e roubar o Charlie pra mim.
   Queria que ele fosse real. Queria que encontrasse um garoto assim.
   Pois afinal, eu sou uma wallflower também.

E em homenagem ao Charlie:
Asleep - The Smiths

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