Craving more.
Corro para o que que possa me salvar. Mas nada me salva. Grito por ajuda, mas ninguém escuta.
Ando perambulando por todos os cantos, não sabendo mais pra quem recorrer, ou de onde pertenço. Mas acho que não pertenço a lugar algum. Nunca de fato pertenci. E acho que ninguém pode me socorrer.
Preciso de um abrigo, como braços abertos, macios e quentes. Mas não há nada além do frio e vazio.
E corro para algum lugar qualquer, pois nada mais me resta. Corro sem olhar para trás, com lágrimas nos olhos. Quando olho para trás, já estou longe demais. Cheguei a uma certa distância que não dá para me ouvirem chorar, muito menos gritar. Mas mesmo quando estava perto, não ouviam, não sabiam.
Cheguei a uma distância que só não dá para ficar distante de mim mesma. Fugi de tudo e de todos, só não consigo fugir do que sou. Tento, desesperadamente, mas isso só ainda mais me arruinou.
Tenho implorado por ajuda, mas inutilmente. Estou sozinha, e ninguém pode me ouvir. Mas grito até ficar sem voz, sem forças, esperando que alguém possa me encontrar no meio desse nada. Alguém que venha a minha procura. Ou alguém tão perdido e desesperado quanto eu.
Mas fico tentando não pensar que talvez quando, ou se realmente, alguém chegar, já seja tarde demais.
Mas já é tarde demais, não é?
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